sexta-feira, 6 de maio de 2011

O sucesso dos rappers “calvinistas”

Uma novidade do cenário musical gospel americano tem chamado atenção pelo seu sucesso e aposta em algo improvável. Nem todos os rappers cristãos seguem a tradição reformada, nem se consideram pregadores e professores no seu meio musical. No entanto, alguns desse músicos parecem ter gerado um movimento que usa explicitamente ideias de líderes calvinistas. Várias músicas gravadas por eles incluem referências diretas aos escritos de teólogos como John MacArthur, John Piper, CJ Mahaney, entre outros.
sprowl mar15 1 O sucesso dos rappers calvinistasCurtis “Voice” Allen chegou a gravar no ano passado um rap sobre o Catecismo de Heidelberg, importante documento e declaração de fé reformada criado em 1563. Mas Curtis não está sozinho. Talvez o mais famoso desses “ministros do rap” no momento seja Lacrae (foto), é co-fundador daReach Records (o selo dos rappers reformados) e líder  do ministério Reach Life. Ele tem chamado atenção de meios seculares como a MTV e foi indicado ao Grammy este ano.
Some-se a esta lista Trip Lee, Sahi Linne, Flame, que também usam rimas rápidas e batidas compassadas para fazer verdadeiros sermões em forma de rap. Afinal, muitos estão acostumados a pregar com regularidade em suas igrejas.
Embora esses raps ainda estejam longe de serem adotados durante o período de louvor das igrejas reformadas, tem o apoio de teólogos como D. A. Carson e Anthony Bradley.
(...)



Tradução do refrão
Acreditamos na cruz, acreditamos em sua vida,
Acreditamos em sua morte, acredito que ele é o Cristo.
Acreditamos que ele se levantou da sepultura, sim, é ele
E nós lemos o Catecismo de Heidelberg
Acreditamos na vida após a morte
e acreditamos que não há nada maior que Cristo,
por isso defendemos a nossa terra, porque a verdade tem sido revelada, desde a Palavra até o catecismo de Heidelberg
Fonte: Pavablog

Um comentário:

João Wagner disse...

Um dos maiores, senão, O maior, feito da reforma protestante foi tirar o culto do latim e fazê-lo compreensível às pessoas, celebrando-o em suas próprias linguas nativas. Tanto nas homilias quanto na tradução da bíblia, e até mesmo nas canções com melodias populares da época, o que se buscou, em essência, foi ensinar a verdade sobre as escrituras de forma que as pessoas entendessem... Talvez uma das maiores dificuldades dos cristãos reformados dos dias atuais é não falar mais a linguagem do povo, engessando-se nos costumes litúrgicos e também temáticos dos europeus do século XVI. Parabéns para esses irmãos que trazem a compreenção bíblica reformada (que é tão boa e fiel às escrituras) numa linguagem acessível à mulecada de hoje!