Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto(1)
Isaac Newton |
Agostinho definiu fé como conhecimento indireto, isto é, qualquer crença que é dependente do testemunho de outra pessoa ou documento. Fé é indispensável; é o princípio do conhecimento. (2) Fé é uma pré-condição do conhecimento. “A menos que creias, jamais entenderás”, ele escreveu. (3) Considere nosso conhecimento dos registros da história. A menos que primeiro tenhamos fé na confiabilidade das nossas fontes, nunca conheceríamos algo sobre o passado. A menos que tenhamos fé no testemunho de parentes e documentos como certidões de nascimento, nunca seríamos capazes de conhecer nossa própria identidade. Enquanto a fé é conhecimento mediado, a razão é conhecimento imediato (4); a conhecemos por nós mesmos.
Mas se a fé vem primeiro no tempo, a razão vem primeiro em importância. De acordo com Agostinho, as fontes para a nossa informação devem ser testadas. A relação entre fé e razão é análoga às duas lâminas de uma tesoura. Não faz sentido perguntar qual lâmina corta; o corte ocorre quando as duas trabalhas juntas. Similarmente, não faz sentido perguntar se a fé ou razão é o elemento mais importante no conhecimento humano. Os humanos conhecem somente quando a fé e a razão trabalham juntas.
(1) E-mail para contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em janeiro/2007.
(2) Augustine, On the Trinity, 9.1.1.
(3) Augustine, On the Freedom of the Will, 9.1.1.
(4) Nota do tradutor: Sem mediação, meios
Ronald H. Nash
Nenhum comentário:
Postar um comentário