terça-feira, 31 de maio de 2011

Pessoas comuns com sonhos extraordinários

Nenhuma dificuldade ou barreira é grande o suficiente para evitar nossa felicidade. E para aqueles que tem em Cristo a sua força e esperança, a alegria é mais que um mero estado de espírito, mas é um mundo novo pra qual somos levados. Basta saber se você se deixará abater pelos problemas ou se seguirá firme na convicção de que nesse novo mundo a felicidade está em cada momento que Deus proporciona na nossa vida!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Platão que me desculpe

Se existe algo que me causa uma paz imensa é sentar diante de uma bela paisagem ficar por minutos, horas apenas olhando, contemplando. É incrível como através disso posso perceber a maravilha da natureza e das mãos de quem a criou.

Lembro-me também de Platão que, dentre de todos seus pensamentos, dizia, bem resumidamente, que existia um mundo material e um imaterial, e que a matéria não era boa, o que realmente importava era a alma. Essa tinha como principal objetivo buscar conhecer o mundo ideal e que a união da alma com o corpo era de certo modo violenta, pois eles não podiam se completar. O corpo é um cárcere da alma.

As Escrituras nos dizem que a criação é a expressão da glória de Deus, tudo o que existe é a obra perfeita de um artista fabuloso que demonstra as suas caracteriscas, seus sentimentos, suas habilidades no uso das cores, das linhas, das lógicas excepcionais. E quando digo criação, digo não só a natureza, mas o homem e toda a complexidade do corpo humano.



Quando ainda estava no ensino médio, um professor de biologia disse em sala de aula que quanto mais ele estudava mais ele via a mão de Deus no mundo. Foi a primeira vez que ouvi uma pessoa como ele dizer algo assim. Me fez entender que conhecendo as coisas finitas percebemos o infinto por trás delas.


“Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos” [Sl 19.1]

Por mais que as deficiências que o pecado gera estejam presentes no mundo criado, ele ainda possui a assinatura da grandeza e criatividade de Deus. E um dia será restaurado em toda a sua perfeição.

Quando Deus cria o homem, o cria alma e corpo e toda a natureza pra seu desfrute. Não podemos minimizar a importância da matéria. Platão que me desculpe, mas o barro do qual fui feito, é tão importante quanto o sopro que recebi.

Após ter está mensagem pronta, li um post no blog Púlpito Cristão que tinha um vídeo de Louis Armstrong cantando a linda música "What a wonderful world", que retrata quão bela é a criação, e resolvi colocar aqui também. 
Vale a pena ler o texto também. Clique aqui


Tato Paquer
Sec. Espiritualidade

Um exemplo de amor e superação - I Can Only Imagine

Música fantástica e o clipe que mostra momentos da vida família Royt onde o pai faz de tudo pra proporcionar ao seu filho deficiente uma vida feliz.



sábado, 28 de maio de 2011

A equipe de futebol que preferiu morrer a perder

Time Star - modelo
A história do futebol mundial tem milhares de episódios emocionantes e comovedores, mas seguramente nenhum seja tão terrível como o protagonizado pelos jogadores do Dinamo de Kiev nos anos 40. Os jogadores jogaram um partida sabendo que se ganhassem seriam assassinados e no entanto, decidiram ganhar. Na morte deram uma lição de coragem, de vida e honra, que não encontra, por seu dramatismo, outro caso similar no mundo. Para compreender sua decisão, é necessário conhecer como chegaram a jogar aquela decisiva partida, e por que uma simples partida de futebol apresentou para eles o momento crucial de suas vidas.
Tudo começou em 19 de setembro de 1941, quando a cidade de Kiev (capital ucraniana) foi ocupada pelo exército nazista e os homens de Hitler aplicaram um regime de castigo impiedoso e arrasaram com tudo. A cidade converteu-se num inferno controlado pelos nazistas, e durante os meses seguintes chegaram centenas de prisioneiros de guerra, que não tinham permissão para trabalhar nem viver nas casas, assim todos vagavam pelas ruas na mais absoluta indigência. Entre aqueles soldados doentes e desnutridos, estava Nikolai Trusevich, que tinha sido goleiro do Dinamo.
Kiev totalmente destruida
Kiev totalmente destruida
Josef Kordik, um padeiro alemão a quem os nazistas não perseguiam, precisamente por sua origem, era torcedor fanático do Dinamo. Num dia caminhava pela rua quando, surpreso, olhou um mendigo e de imediato reconheceu seu ídolo: o gigante goleiro Trusevich. Ainda que fosse ilegal, mediante artimanhas, o comerciante alemão enganou aos nazistas e contratou o goleiro para que trabalhasse em sua padaria. Sua ânsia por ajudá-lo foi valorizada por Trusevich que agradecia a possibilidade de se alimentar e dormir debaixo de um teto. Ao mesmo tempo, Kordik emocionava-se por ter feito amizade com a estrela de sua equipe.
Na convivência, as conversas sempre giravam em torno do futebol e do Dinamo, até que o padeiro teve uma idéia genial: pediu a Trusevich que em lugar de trabalhar como ele, amassando pães, se dedicasse a buscar o resto de seus colegas. Não só continuaria lhe pagando, senão que juntos podiam salvar os outros jogadores. O arqueiro percorreu o que restara da cidade devastada dia e noite, e entre feridos e mendigos foi descobrindo, um a um, a seus amigos do Dinamo. Kordik deu trabalho a todos, se esforçando para que ninguém descobrisse a manobra. Trusevich encontrou também alguns rivais do campeonato russo, três jogadores da Lokomotiv, e também os resgatou. Em poucas semanas, a padaria escondia entre seus empregados uma equipe completa.
O goleiro Trusevich
O goleiro Trusevich
Reunidos pelo padeiro, os jogadores não demoraram em dar o passo seguinte, e decidiram, alentados por seu protetor, voltar a jogar. Era, além de escapar dos nazistas, a única coisa que sabiam fazer bem. Muitos tinham perdido suas famílias nas mãos do exército de Hitler e o futebol era a última sombra mantida de suas vidas anteriores. Como o Dinamo estava enclausurado e proibido, deram um novo nome para aquela equipe. Assim nasceu o FC Start, que através de contatos alemães começou a desafiar a equipes de soldados inimigos e seleções formadas no III Reich.
Em sete de junho de 1942, jogaram sua primeira partida. Apesar de estarem famintos e cansados por terem trabalhado toda a noite, venceram por 7 x 2. O próximo adversário foi a equipe de uma guarnição húngara, ganharam de 6 x2. Depois meteram 11 gols numa equipa romena. A coisa ficou séria quando em 17 de julho enfrentaram uma equipe do exército alemão e golearam por 6 x 2. Muitos nazistas começaram a ficar chateados pela crescente fama do grupo de empregados da padaria e buscaram uma equipe melhor para ganhar deles. Trouxeram da Hungria o MSG com a missão de derrotá-los, mas o FC Start goleou mais uma vez por 5 x 1, e mais tarde, ganhou de 3 x 2 na revanche.
O cartaz da revanche
O cartaz da revanche
Em seis de agosto, convencidos de sua superioridade, os alemães prepararam uma equipe com membros da Luftwaffe, o Flakelf, que era uma grande time, utilizado como instrumento de propaganda de Hitler. Os nazistas tinham resolvido buscar o melhor rival possível para acabar com o FC Start, que já gozava de enorme popularidade entre o sofrido povo refém dos nazistas. A surpresa foi grande, porque apesar da violência e falta de esportividade dos alemães, o Start venceu por 5 a 1.
Depois dessa escandalosa queda do time de Hitler, os alemães descobriram a manobra do padeiro. Assim, de Berlim chegou uma ordem de acabar com todos eles, inclusive com o padeiro, mas os hierarcas nazistas locais não se contentaram com isso. Não queriam que a última imagem dos russos fosse uma vitória, porque acreditavam que se fossem simplesmente assassinados não fariam nada mais que perpetuar a derrota alemã. A superioridade da raça ariana, em particular no esporte, era uma obsessão para Hitler e os altos comandos. Por essa razão, antes de fuzilá-los, queriam derrotar o time em um jogo. Com um clima tremendo de pressão e ameaças por todas as partes, anunciou-se a revanche para 9 de agosto, no repleto estádio Zenit. Antes do jogo, um oficial da SS entrou no vestiário e disse em russo:
- “Vou ser o juiz do jogo, respeitem as regras e saúdem com o braço levantado”, exigindo que eles fizessem a saudação nazista.

O time alemão
O time alemão

O time do Star
O time do Star
Já no campo, os jogadores do Start (camisas vermelha e calções brancos)  levantaram o braço, mas no momento da saudação, levaram a mão ao peito e no lugar de dizer: – “Heil Hitler!”, gritaram – “Fizculthura!”, uma expressão soviética que proclamava a cultura física. Os alemães (camisa branca e calção negro) marcaram o primeiro gol, mas o Start chegou ao intervalo   ganhando por 2 x 1. Receberam novas visitas ao vestiário, desta vez com armas e advertências claras e concretas:
- “Se vocês ganharem, não sai ninguém vivo”,ameaçou um outro oficial da SS. Os jogadores ficaram com muito medo e até propuseram-se a não voltar para o segundo tempo. Mas pensaram em suas famílias, nos crimes que foram cometidos, na gente sofrida que nas arquibancadas gritava desesperadamente por eles e decidiram, sim, jogar.
Deram um verdadeiro baile nos nazistas. E no final da partida, quando ganhavam por 5 x 3, o atacante Klimenko ficou cara a cara com o arqueiro alemão. Deu lhe um drible deixando-o  estatelado no chão e ao ficar em frente a trave, quando todos esperavam o gol, deu meia volta e chutou a bola para o centro do campo. Foi um gesto de desprezo, de deboche, de superioridade total. O estádio veio abaixo.
Como toda Kiev poderia a vir falar da façanha, os nazistas deixaram que saíssem do campo como se nada tivesse ocorrido. Inclusive o Start jogou dias depois e goleou o Rukh por 8 x 0. Mas o final já estava traçado: depois dessa última partida, a Gestapo visitou a padaria. O primeiro a morrer torturado em frente a todos os outros foi Kordik, o padeiro. Os demais presos foram enviados para os campos de concentração de Siretz. Ali mataram brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e o arqueiro Trusevich, que morreu vestido com a camiseta do FC Start. Goncharenko e Sviridovsky, que não estavam na padaria naquele dia, foram os únicos que sobreviveram, escondidos, até a libertação de Kiev em novembro de 1943. O resto da equipe foi torturada até a morte.
Ainda hoje, os possuidores de entradas daquela partida têm direito a um assento gratuito no estádio do Dinamo de Kiev. Nas escadarias do clube, custodiado em forma permanente, conserva-se atualmente um monumento que saúda e recorda àqueles heróis do FC Start, os indomáveis prisioneiros de guerra do Exército Vermelho aos quais ninguém pode derrotar durante uma dezena de históricas partidas, entre 1941 e 1942. Foram na maioria, mortos entre torturas e fuzilamentos, mas há uma lembrança, uma fotografia que, para os torcedores do Dinamo, vale mais que todas as jóias em conjunto do Kremlin. Ali figuram os nomes dos jogadores. (foto acima)
Goncharenko e  Sviridovsky, únicos sobreviventes, junto ao monumento de homenagem ao time
Goncharenko e Sviridovsky, únicos sobreviventes, junto ao monumento de homenagem ao time
Na Ucrânia, os jogadores do FC Start hoje são heróis da pátria e seu exemplo de coragem é ensinado nos colégios. No estádio Zenit uma placa diz “Aos jogadores que morreram com a cabeça levantada ante o invasor nazista”.

Fonte: drosmar.com

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Apologética Pressuposicional

Traduzido por Felipe Sabino de Araújo Neto

Jesus empregou um método de apologética pressuposicional. Os apologistas cristãos hoje fariam muito bem em seguir o exemplo do nosso Senhor. O Salvador era perfeitamente consistente em Seu ensino. Como esboçado acima, Cristo ensinou as doutrinas que vieram a ser conhecidas como os cinco pontos do Calvinismo. Essas doutrinas ensinam que o homem é um pecador totalmente depravado e, portanto, a salvação é plena e totalmente pela graça de Deus. Um método apologético evidencialista é inconsistente com a doutrina calvinista, enquanto totalmente consistente com a doutrina arminiana do livre-arbítrio. O evidencialista arminiano crê que, se fornecermos evidência convincente suficiente, um homem raciocinará que a Bíblia é a Palavra de Deus e que Jesus é quem Ele reivindica ser. Ele então empregará o seu livre-arbítrio para “aceitar a Cristo”.

Concordo que a evidência para a veracidade da Escritura e as afirmações de Cristo estão por todos os lugares (Rm 1.18ss). Contudo, por causa dos efeitos noéticos do pecado, o homem suprime tal evidência. Mesmo que alguém possa provar, sem sombra de dúvida, que Jesus ressuscitou dentre os mortos e que a Bíblia é a palavra de Deus, isso não convenceria uma pessoa a ser salva, pois a salvação procede da graça de Deus, e não da vontade do homem (João 1.13). É a pregação correta de todo o conselho de Deus que Deus emprega na salvação das almas. Em Sua “defesa da fé”, Jesus nunca discutiu com os romanos mediante a apresentação de um sistema elaborado de provas teístas. Nem Ele tentou vencer os saduceus com evidência empírica dos aspectos sobrenaturais da Escritura. Jesus “pressupôs” a existência do Deus do universo revelado na Escritura, e não poderia ter feito outra coisa, sendo ele mesmo o “Deus conosco” (Mt 1.23).

Nos quarenta dias sendo tentado por Satanás, Jesus sabia que Sua melhor arma contra o Maligno era a auto-autenticadora Palavra de Deus. Três vezes Jesus reagiu à tentação do diabo com “está escrito…”.
Não somente Jesus “pressupôs” a verdade da Palavra de Deus, mas tomou-a acriticamente. Jesus aceitou como fato histórico os eventos que teólogos racionalistas modernos relegam às categorias de “mito” ou “lenda”. Por exemplo, Jesus ensinou o relato da criação em Gênesis (Mt 19.4) como um evento histórico. Ele ensinou a história de Jonas como um evento real e não deu sequer uma indicação que a experiência maravilhosa de Jonas era apócrifa ou puramente simbólica (Mt 12.38-41). Nosso Senhor também afirmou a historicidade de Noé e o dilúvio (Mt 24.37-39). Jesus assumiu a verdade da Escritura, usando até mesmo detalhes daquelas passagens “difíceis” para ilustrar aspectos de Sua obra. Por exemplo, Jesus usou a historicidade da história de Jonas para ilustrar que Ele permaneceria sobre as trevas da morte por um tempo, mas ressuscitaria ao terceiro dia (Mt 12.40-41).

Mark Duncan
Fonte: Monergismo

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Torre Segura


Mesmo que venha a mais terrível das tempestades
E nada puder suportar a fúria do seu grito
Quando não restar mais forças pra resistir a toda maldade
Em Ti, Senhor, encontro o único abrigo

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dica de leitura: Poluição e a Morte do Homem

"Quando nós tivermos aprendido a visão cristã da natureza, então poderá haver uma ecologia verdadeira; a beleza fluirá, a liberdade psicológica virá, e o mundo parará de ser transformado em um deserto. Porque é correto, baseado num sistema cristão completo - que é forte o bastante para resistir a tudo porque é verdadeiro - quando eu encaro o ranúnculo, eu digo: "Criatura companheira, criatura companheira, eu não pisarei em você. Somos ambos criaturas."
Francis Schaeffer, capítulo 6
"Qual será a longo prazo a importância de Francis Schaeffer? Tenho certeza ... de que não estarei errado ao saudar Francis Schaeffer - que enxergou bem mais intensamente do que nós ... e agonizou sobre a sua percepção bem amis intensamente do que nós - como um dos verdadeiramente grandes cristãos do meu tempo."
J. I. Packer
Francis A. Schaeffer (1912-1984) será sempre lembrado como um dos gigantes do século 20. Seus livros traduzidos para mais de 25 idiomas com milhões de exemplares vendidos. A L'Abri Fellowship, fundada pelo casal Francis e Edith Schaeffer em 1955, é um tributo vivo à sua obra.
Para comprar o livro clique aqui.
Fonte: Editora Cultura Cristã

terça-feira, 24 de maio de 2011

Fé e Razão

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto(1)

Isaac Newton
Os maniqueístas ridicularizavam a fé como uma atividade indigna de qualquer pessoa culta e educada. Nunca tome algo pela fé, eles ensinavam, mas confie somente no que você conhece pela razão. Agostinho defendeu a fé contra esse tipo de ataque. Para ele, fé não é inferior à razão; a verdadeira fé nunca conflita com a razão. De fato, a fé é um passo indispensável em qualquer ato de conhecimento, um ponto que Agostinho expressou na famosa frase Credo ut intelligam: Creio para que possa entender. Todo conhecimento começa em fé. Fé não é única à religião. Antes, ela é um elemento indispensável em todo ato de conhecimento. 

Agostinho definiu fé como conhecimento indireto, isto é, qualquer crença que é dependente do testemunho de outra pessoa ou documento. Fé é indispensável; é o princípio do conhecimento. (2) Fé é uma pré-condição do conhecimento. “A menos que creias, jamais entenderás”, ele escreveu. (3) Considere nosso conhecimento dos registros da história. A menos que primeiro tenhamos fé na confiabilidade das nossas fontes, nunca conheceríamos algo sobre o passado. A menos que tenhamos fé no testemunho de parentes e documentos como certidões de nascimento, nunca seríamos capazes de conhecer nossa própria identidade. Enquanto a fé é conhecimento mediado, a razão é conhecimento imediato (4); a conhecemos por nós mesmos.

Mas se a fé vem primeiro no tempo, a razão vem primeiro em importância. De acordo com Agostinho, as fontes para a nossa informação devem ser testadas. A relação entre fé e razão é análoga às duas lâminas de uma tesoura. Não faz sentido perguntar qual lâmina corta; o corte ocorre quando as duas trabalhas juntas. Similarmente, não faz sentido perguntar se a fé ou razão é o elemento mais importante no conhecimento humano. Os humanos conhecem somente quando a fé e a razão trabalham juntas.


(1) E-mail para contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em janeiro/2007. 
(2) Augustine, On the Trinity, 9.1.1. 
(3) Augustine, On the Freedom of the Will, 9.1.1. 
(4) Nota do tradutor: Sem mediação, meios

Ronald H. Nash

Fonte: Lifes’ Ultimate Questions, Ronald H. Nash, 
Zondervan, p. 151.


Créditos: Monergismo

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O que é a vida não desperdiçada?

"Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei envergonhado. Pelo contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida quer pela morte; porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro."
[Filipenses 1.21-22]


sábado, 21 de maio de 2011

Acharam a ossada de Jesus. O que?!



Estava procurando algumas imagens de cruz no google e eis que vi esta acima. Passando o mouse por cima dela vi o título da foto e cliquei para ler a respeito. Leiam agora o que diz a matéria (se quiserem ver a matéria original, acessem aqui http://www.portalfiel.com.br/noticias.php?id=1983-encontrados-pregos-que-podem-ser-da-cruz-de-jesus.html):

Documentarista israelense Simcha Jacobovici mostrou pregos encontrados em Jerusalém e diz que foram da cruz de Jesus.

O documentarista israelense Simcha Jacobovici causa polêmica quando aborda em seus filmes temas que cruzam arqueologia e religião – foi

assim, por exemplo, com o famoso “The Lost Tomb of Jesus” (“A Tumba Perdida de Jesus”).

Na semana passada, mais uma vez Jacobovici colocou-se em meio a uma discussão ao exibir pregos encontrados em escavações nas regiões montanhosas de Jerusalém e afirmar que eles foram utilizados na crucificação de Jesus.

As peças estavam em um ossuário no qual há a inscrição “Caifás”, nome igual ao do sumo sacerdote de Jerusalém à época em que Cristo viveu.

Arqueólogos dizem que “pregos são comuns em tumbas naquela região”. O documentarista contesta: “O nome Caifás é raro e isso faz crer que os restos mortais sejam do sacerdote. Os pregos que estavam em seu ossuário foram retirados da cruz e colados junto ao seu corpo para homenageá-lo.”

O fato das pessoas quererem provar que Cristo não passou de um homem comum - que nasceu, viveu e morreu, e nada a mais - não me impressiona. Mas o fato dessa notícia estar em um site evangélico me revolta. Isso só mostra que os "fiéis" estão mais preocupados em "tocar" em Cristo do que viver a Cristo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Calvinista de verdade!!!

Eu já vi calvinista convicto, mas esse é o maior de todos. (hahahaha)




Créditos para minha amiga Juliana Duarte, lá de Goiania, que tirou a foto!

Paulo sobre Conhecimento

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

A  Confissão de Fé de Westminster começa sua declaração precisa e ordenada do sistema de doutrina ensinado na Bíblia com epistemologia: a teoria do conhecimento. O capítulo 1 da Confissão tem a ver com a fonte de nosso conhecimento: “Da Escritura Sagrada”. Não começa com como sabemos que existe um deus, e então tenta provar que esse deus é o Deus da Escritura. A doutrina de Deus, quando ensinada nos capítulos 2-5, segue após a epistemologia. A questão central tem a ver com como sabemos o que sabemos. Todas as filosofias (ou cosmovisões) começam com um primeiro princípio ou ponto de partida indemonstrável, isto é, um axioma a partir do qual tudo o mais é deduzido. E de acordo com os Puritanos, o ponto de partida axiomático do cristão é que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, infalível e inerrante, e ela tem um monopólio sobre a verdade.

Paulo está de pleno acordo com essa análise. Seu ponto de partida axiomático é o mesmo daquele dos teólogos de Westminster. De acordo com o apóstolo da Teologia Credal, a Escritura é fundacional. Todos os nossos pensamentos, ensina o apóstolo, devem ser trazidos cativos à Palavra de Deus (2 Coríntios 10:5), que é a (uma parte da) mente de Cristo (1 Coríntios 2:16). Tudo do nosso conhecimento deve ser derivado de sessenta e seis livros do 
Antigo e Novo Testamento.

Por exemplo, em 2 Timóteo 3:16-17, Paulo ensina que: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. Nesses dois versículos, o apóstolo mantém que a Escritura é totalmente suficiente para equipar completamente a humanidade para realizar “toda boa obra”. Então em 1 Timóteo 6:3-5, Paulo declara que quem “ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade”, está “privado da verdade”, “nada entende”.

O que o apóstolo está afirmando aqui é o princípio reformado da sola Scriptura: a total suficiência da Escritura. Como ensinado pela  Confissão (1:6): “Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum”. De acordo com o princípio da sola Scriptura, nem a ciência, nem a história, nem a filosofia é necessária para dar conhecimento. Como Paulo nos diz claramente nos primeiros dois capítulos de 1 Coríntios, não existe uma teoria de fonte dupla de conhecimento ensinada na Palavra de Deus. A sabedoria desse mundo é loucura, e o homem não é capaz de chegar ao conhecimento da verdade à parte das proposições da Escritura reveladas pelo Espírito. A Bíblia é suficiente para toda a verdade que precisamos e todo o conhecimento que podemos ter. 

W. Gary Crampton
Fonte: Paul: The Apostle of Creedal Theology, W. Gary
Crampton, Trinity Foundation, p. 49-51.


Créditos: Monergismo

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mãos para a Guerra!


Mais uma vez: compartilhe, curta, divulgue, salve, envie, publique, etc, forever and ever!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Projeto Memorizar: O Decálogo (Segunda Parte)

No Decálogo, conhecido também como os 10 Mandamentos, é dividido em duas partes (tábuas).

A primeira clique aqui.

A segunda trata de como devemos pautar nosso relacionamento com o próximo.

Temos, então, os últimos seis mandamentos:


5º - Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor teu Deus te dá.
6º - Não matarás.
7º - Não adulterarás.
8º - Não furtarás.
9º - Não darás falso testemunho contra o teu próximo.
10º - Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença".


Memorize!!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

As escamas de Eustáquio e as garras do Leão

Quem leu A Viagem do Peregrino da Alvorada, da série As Crônicas de Nárnia de CS Lewis, ou pelo menos viu o filme, conheceu um dos personagens mais fantásticos de Lewis, Eustáquio. Fantástico porque a princípio ele é um garoto extremamente chato, que dá nos nervos.

No decorrer da história, muitas coisas acontecem que fazem as pessoas a sua volta o odiarem mais ainda, um garoto irritante, desrespeitoso, cheio de si, egoísta e mal educado. Chegamos a nos perguntar, às vezes, por que Aslam traria um garoto como Eustáquio para Nárnia. O que ele poderia acrescentar de bom naquele mundo.

Muitas vezes temos esse mesmo tipo de pensamento com pessoas que conhecemos. Como uma pessoa com tantos defeitos pode dar alguma contribuição boa, ou pensamos até que alguém assim não tem solução. Lavamos nossas mãos e só queremos a distância muitas vezes. Isso demonstra como nós duvidamos do poder da transformação que há em Cristo. A transformação do caráter é umas das marcas na vida de alguém que é alcançado pela Graça redentora, e ela é tão eficaz que pode mudar, ou pelo menos fazer perceber, os defeitos imediatamente. Ou pode ser um processo que requer muita luta e perseverança.

Eustáquio foi restaurado por Aslam de maneira sobrenatural, pois só assim poderia haver solução, fazendo com que ele percebesse e entendesse o quanto estava vivendo erradamente. É somente de forma sobrenatural que Deus pode fazer com que nossos olhos sejam abertos para nossos próprios pecados, e muitas vezes Deus faz isso através de métodos dolorosos, assim como com Eustáquio que entendeu que a dor que sentiu ao ter retiradas as escamas de Dragão no qual havia se transformado eram necessárias para trazer paz e alegria de volta em sua vida.
“É como quem tira um espinho de um lugar dolorido. Dói pra valer, mas é bom ver o espinho sair.” Eustáquio
Aslam tinha um propósito em trazer Eustáquio para Nárnia. Mudá-lo e usá-lo posteriormente em missões e aventuras grandiosas. Quem diria que ele um dia seria importante pra Nárnia. A mais perdida e depravada alma pode ser restaurada pelas gotas do sangue santo de Cristo, assim como a de Eustáquio foi pelas garras do Leão.



Tato Paquer
Sec. de Espiritualidade

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dica de leitura: A Arte Não Precisa de Justificativa

A Arte Não Precisa de Justificativa é uma leitura para todos os cristãos que desejam usar seus talentos para a glória daquele que os presenteou. É um chamado aos artistas, artesãos e músicos cristãos para que chorem, orem, pensem e trabalhem. Para o autor, qualquer discussão sobre o papel da arte deve ser precedida por uma afirmação básica: a arte não precisa de justificativa — nem por motivos religiosos ou propósitos evangelísticos, nem por fins econômicos ou políticos.


“Às vezes os cristãos produzem música ruim porque não têm talento, porque não se esforçam o suficiente ou porque demonstram sua natureza pecaminosa. Às vezes o mundo produz boa música. [...] A música não é apenas letra. Sua expressão é total, e mais na melodia, no ritmo e na harmonia do que na letra. Claro, isso não significa que se pode escrever qualquer coisa. [...]

A vida e a arte são complexas demais para aplicarmos regras legalistas. Porém, isso não significa que não há normas. [...] Falar de música cristã não significa necessariamente falar de uma música cuja letra transmita uma mensagem bíblica explícita ou expresse a experiência de uma vida de fé e obediência piedosa. [...] A “Paixão de São Mateus”, de Bach, é cristã, assim como os “Concertos de Brandenburgo” o são. Não são apenas as letras das cantatas que são cristãs, mas também a parte instrumental. Se não for assim, estaremos reduzindo o cristianismo e excluindo do comprometimento com Deus, nosso Senhor e Salvador, uma grande parte da nossa vida, que deve manifestar o fruto do Espírito.”



Clique aqui para ler um trecho do livro.
Clique aqui para comprar o livro.


Fonte: Editora Ultimato

Não desperdiçe a sua vida

Você poderá chegar ao fim da sua vida e dizer: "Eu não a desperdicei?"


sábado, 14 de maio de 2011

O Filho Pródigo

Passeando pelos blogs que costumo ler, me deparei com esse vídeo abaixo.
Baseado na história do filho pródigo, com uma letra muito bonita e a animação fantástica!


O Amor de Deus é algo que deveria nos trazer paz e certeza de que nunca estaremos sozinhos neste mundo, por mais rebeldes que sejamos!







Créditos para o blog O Jovem Cristão

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A Ele todo som


Pra não esquecer: compartilhe, curta, divulgue, salve, envie, publique, etc, etc, etc...

Changing the World - Haiti Music School

O Haiti Music School é um trabalho muito bacana que é feito no Haiti, tentando levar um pouco mais de esperança para aquele país que vem sofrendo tanto após os terremotos que mataram mais de 300.000 pessoas, através da música e da Palavra.

Clipe da música Revolução do amor:




Video mostrando um pouco do trabalho da Haiti Music School:

terça-feira, 10 de maio de 2011

Também quero o meu milagre

A grande procura nas igrejas hoje é pelos milagres. Principalmente na saúde e nas finanças. Muito se é prometido e muito se é buscado quando o assunto é a subserviência de um Deus que mais parece um garçom que traz o que se pede no cardápio da religiosidade.

O querer um milagre em si não é o problema. A vontade de receber um determinado benefício que somente Deus pode nos proporcionar é mais que natural para homens limitados que, quando reconhecem isso, sabem que por suas capacidades não podem alcançar o que desejam. Vejo que quando estamos diante de um Deus que é tão poderoso e soberano podemos e devemos esperar que Ele faça coisas que maravilhosas, ou pelo menos acreditar que ele possa fazer. No entanto, o grande problema é quando os milagres se tornam o motivo da devoção e o centro do clamor.

Nas Escrituras, os milagres sempre tiveram uma razão para ocorrer. Não eram meras demonstrações de bondade ou de poder, mas tinham um valor revelacional, apontavam para algo maior. Acredito que milagres continuam ocorrendo nos dias atuais como a graça de Deus atuando com um determinado propósito.


[Mc 2.9-11] “Que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os seus pecados estão perdoados’, ou: ‘Levante-se, pegue a sua maca e ande’? Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados - disse ao paralítico - eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa”


Você quer um milagre? Saiba que ele já aconteceu. Cristo morreu e ressuscitou. E por isso pode te resgatar do que é aparentemente irresgatável, te limpar do que aparentemente é tão imundo que não pode ser limpo. Esse é o maior milagre que pode acontecer. Satisfaça-se nisso!


Tato Paquer
Sec. Espiritualidade

Dica de leitura: O peregrino

Este é um livro que todo cristão deveria ler.


O Peregrino é uma narrativa cheia de emoção e suspense. Bunyan relata a viagem de Cristão, um peregrino espiritualmente abatido que viaja rumo à Cidade Celestial. No decorrer da aventura, ele se encontra com personagens de carne e osso, mas que possuem nomes alegóricos, tais como Evangelista, Adulação, Malícia, Apoliom e Vigilância. Passa por lugares sombrios e medonhos, como o Desfiladeiro do Desespero, o Pântano da Desconfiança, a Feira das Vaidades e o Rio da Morte. Surge em cada encruzilhada um novo desafio que ameaça sua chegada ao destino final. O enredo mescla-se à interpretação simbólica, e o resultado é uma incrível experiência literária e espiritual.


Sobre o autor
John Bunyan nasceu em 1628, na Inglaterra. Depois de passar por vários conflitos pessoais e familiares durante a juventude, desvinculou-se da Igreja Anglicana e tornou-se pastor de um grupo independente. Casou-se duas vezes e teve seis filhos: quatro com Mary e dois com Elizabeth. Por sua rebelião contra a igreja oficial, foi preso duas vezes. Durante o segundo período de cárcere deu início ao texto de O peregrino, cuja primeira parte foi lançada em 1678. John Bunyan imaginou uma história que fortalecesse a si mesmo, a família e a congregação. A segunda parte, publicada separadamente pela Mundo Cristão sob o título A peregrina, foi lançada em 1684.

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Fonte: Editora Mundo Cristão

domingo, 8 de maio de 2011

Como aprofundar o desejo e o amor pela oração

Algumas ajudas práticas para aprofundar o desejo e o amor pela oração, por John Piper.

sábado, 7 de maio de 2011

C. S. Lewis – Quem foi o cristão que escreveu o sucesso As Crônicas de Nárnia

C. S. Lewis – Quem foi o cristão que escreveu o sucesso As Crônicas de Nárnia
Animais inteligentes, centauros, faunos, anões, bruxas são alguns dos personagens do livro Crônicas de Nárnia, um dos maiores sucesso do Irlandês Clive Staples Lewis, mais conhecido como C.S. Lewis. Todas as histórias acontecem em Nárnia e região. O romance infanto- juvenil vendeu cerca de 140 milhões de cópias em 41 idiomas, porém, o que muitos não notam é que toda a história é recheada de valores cristãos.
Antes de tornar-se um cristão anglicano, Lewis foi avesso ao cristianismo. Após a morte de sua mãe, aos nove  anos, Jack, como gostava de ser chamado, foi para um colégio interno inglês  juntamente com seu irmão, Warren. Foi nesse momento que sua vida religiosa tornou-se opressiva e irrelevante. Aos 15 anos, por influência de seu mentor particular, Willian Kirkpatrick, ateu convicto, foi incentivado a ler, inicialmente, Arthur Shopenhauer e James Frazer. Até a década de 30, Lewis creu no materialismo, mas foi por influência de John Ronald Reuel Tolkien, o autor da trilogia “o Senhor dos Anéis”, que Lewis converteu-se ao cristianismo.
“O Lewis, praticamente, foi o único que teve acesso ao manuscrito do ‘Senhor dos Anéis’. A amizade foi bastante profunda. Lewis apreciava bastante a mitologia nórdica e o gosto por esse tipo de literatura foi o que aproximou Tolkien no começo”, conta a pedagoga Gabriele Greggersen, especialista em C.S. Lewis, e autora de livros como: “Antropologia Filosófica de C.S. Lewis”, “A Pedagogia Cristã na Obra de C.S. Lewis”, “O Senhor dos Anéis: da imaginação à ética” e “A Magia das Crônicas de Nárnia”.
A influência da amizade de Lewis e Tolkien foi além do tempo de vida de ambos.  Após ler “O Senhor dos Anéis”, o jornalista Victor Fontana, que não era cristão na época, conta que pesquisou sobre Tolkien e descobriu seu amigo, Lewis: ” Corri para ‘As Crônicas de Nárnia’ e me apaixonei. Mais tarde descobri uma banda cristã chamada Nárnia, cujas letras tiveram grande importância no meu processo de conversão”, testemunha.
Desvendando as Crônicas de Nárnia
Segundo Grabriele, como pedagoga considera  ”As Crônicas de Nárnia” a obra mais importante de Lewis, porém, para o público adulto vê “A Carta do Diabo a seu Aprendiz” como um trabalho mais denso e importante, pois deu a Lewis uma maior visibilidade, no momento em que foi capa da revista Time.
A professora Tatiana Moura Seião também utilizou as “Crônicas de Nárnia” no meio acadêmico. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso, ela defende que  Lewis ensina ,de forma criativa, ética e valores bíblicos: “Sou professora e percebo que o meio de ensinar precisa ser dinâmico e criativo. Ensinar valores para adolescentes e crianças através de sermão não dá! Tanto dentro de uma igreja, como numa escola podemos usar dessa literatura como instrumento de ensino”, afirma.
A utilização de personagens da mitologia, como minotauros, centauros e faunos podem deixar muitos cristãos com reservas da obra de Lewis. “Se você quiser ver através dos personagens um satanás pintado você pode, mas se prestar bem atenção, essa obras passam valores cristãos, como por exemplo a amizade, o amor, a coragem, a castidade”, afirma Gabriele.

C. S. Lewis em busca de “Joy”

Desde a sua infância, C.S. Lewis buscava uma alegria superior. Essa busca por algo infinito tornou-se o foco de sua vida após sua conversão, e foi relatada alegoricamente em “O Regresso do Peregrino”, a primeira obra após sua conversão. Posteriormente usou tema semelhante em “Surpreendido pela Alegria”.
Para Gabriele Greggersen, essa busca pela felicidade que Lewis tenta descrever nessas obras é o sentimento que o cristão terá ao encontrar a Deus: “A palavra saudade seria uma ótima tradução para ‘joy’, mais do que alegria, talvez até a gente possa traduzir como felicidade. Uma coisa que vai além da concepção”, expõe.
Além de ser o sentimento indescritível de Lewis, Joy também é o nome de sua esposa e amiga, Helen Joy Davidman. Os dois correspondiam-se por cartas, Joy era casada. Em 1953, Joy se divorciou e saiu dos EUA, passando a morar na Inglaterra, juntamente com seus filhos. Ela e Lewis casaram-se então no regime civil, para que Joy fosse aceita no novo país. Porém, depois do diagnóstico de câncer de Joy, o casal uniu-se no religioso. A doença ficou estagnada e Joy e Lewis estiveram juntos por mais três anos. Após a morte da esposa, Lewis viveu também três anos.
“Pelos meus estudos até agora, entendi que ela [Joy] já era apaixonada por ele [Lewis], depois de conhecê-lo pessoalmente, já divorciada. Seu antigo marido batia nos filhos e bebia, o que motivou o divórcio. A igreja anglicana tem reservas com pessoas separadas contrairem novas núpcias. Esse foi o outro motivo por terem casado inicialmente no civil. Quandoela foi diagnosticada com câncer, porém, ele se envolveu profundamente com o sofrimento dela, deixando-se envolver por esse amor e resolveram assim mesmo, casar na igreja”, explica a especialista.

C. S. Lewis – O Apóstolo dos Céticos

Após sua conversão no início da década de 30, Lewis tornou-se mais conhecido pelo fato de ter um programa de rádio durante a 2ª Guerra Mundial, onde pregava sobre o cristianismo e seus valores. Os livros e suas palestras permitiram com que muitas pessoas o considerassem o “apóstolo dos céticos”.
“O Ceticismo é marcante numa USP, ou qualquer universidade pública que você olhar. Você acaba sendo educado para duvidar de tudo. Lewis viu como uma missão estar dialogando com esse tipo de pessoa, que não acredita em tudo e que gosta de provar, de ir atrás e descobrir”, define Gabriele Greggersen.
Bibliografia : DOWNING, David. C.S.Lewis: o mais relutante dos convertidos. São Paulo:Editora Vida,2006