segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O diabo envia seus erros de dois em dois




Ao discorrer sobre a atitude individualista (não se incomodar com os problemas de alguém porque eles “não lhe dizem respeito”) e o comportamento totalitário (quando se quer suprimir as diferenças e fazer todas as pessoas iguais), C. S. Lewis escreve o seguinte:
“Sinto o forte desejo de lhe dizer – e acho que você sente a mesma coisa – qual dos dois erros é pior. Essa é a estratégia do diabo para nos pegar. Ele sempre envia ao mundo erros aos pares – pares de opostos. E sempre nos estimula a desperdiçar um tempo precioso na tentativa de adivinhar qual deles é o pior. Sabe por quê? Ele usa o fato de você abominar um deles para levá-lo aos poucos a cair no extremo oposto. Mas não nos deixemos enganar. Temos de manter os olhos fixos em nosso objetivo, que está bem à nossa frente, e passar reto no meio de ambos os erros. Nem um nem outro dos interessam” (1).

Embora Lewis esteja abordando dois erros específicos, seu alerta é importante e aplicá-se à muitas áreas. O diabo envia seus erros aos pares. Ele fomenta tanto o legalismo quanto a libertinagem. Tanto a religiosidade hipócrita quanto a incredulidade. Tanto a imaturidade e carnalidade no exercício dos dons espirituais, como também o ceticismo em relação a eles. Tanto a postura de dominação na igreja, como também a postura independente, regida pela ideia do “ninguém se intromete na minha vida”.

Estejamos alertas para que, ao nos afastar de um erro, não venhamos a cair em outro. Lembremos do alerta de Pedro: “Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar” (I Pe. 5:8).

Anderson Paz
Vi no Genizah

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