quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Há limites para o humor?


Em um futuro não muito distante, alguém pensa:


Uns anos atrás me lembro que começamos uma discussão sobre os limites para o humor. Se impor limites legais seria censura.
Eu dizia que sim. Que deveríamos lutar contra a censura e os falsos moralistas (apesar de existirem alguns). Que o humor e os humoristas não deveriam ser levados a sério. Que deveríamos entender que piadas são apenas piadas.
Hoje as mesmas piadas sobre pedofilia, estupro, violência contra mulher são tão comuns que as pessoas se depararam com os noticiários cheios desses casos e não sentem mais o mesmo nojo, raiva e aversão que sentiam no passado. Tudo se tornou comum, todos nós nos acostumamos com a situação do mesmo jeito que, naquela época, nos acostumamos com os corruptos que nos roubavam e se fartavam com os altos impostos que pagávamos.
Ah, se naquela época eu soubesse que não era censura e nem falso moralismo, mas era apenas bom senso...


Que seja apenas um devaneio.


Renato Paquer
Entenda: clique aqui

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vamos esclarecer as coisas!


Os tempos ficarão difíceis, não para a Igreja Evangélica, mas para aqueles evangélicos que:
  • insistirem que a Bíblia é inerrante; 
  • acreditarem que foi Deus que criou o mundo e não a evolução; 
  • afirmarem que o casamento é entre um homem e uma mulher; 
  • declararem que só Jesus Cristo salva e que o Cristianismo é a única religião verdadeira; 
  • acreditarem na necessidade da Igreja; 
  • se recusarem a negar qualquer das posições acima.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não há momentos maçantes


‘Never a Dull Moment’, ou seja: ‘Não há momentos maçantes’, expressão usada por um bem-humorado casal com  filhos pequenos.
Helena Beatriz Pacitti
Já  contei daquela família em que o aparelho de TV quebrou bem no meio da novela e não foi para o conserto?
Aí as crianças entraram na adolescência sem ver televisão pelos 22 anos seguintes.
Como por mágica, “descobriram” três bibliotecas públicas na vizinhança, o cheiro dos livros e a Música.  Descobriram também que existia um avô contador de histórias, existia gente de verdade esperando a visita de alguém em um orfanato, asilo ou em uma ala de hospital, existia graça na contemplação do quintal.
Às vezes certas coisas precisam quebrar para outras serem consertadas.
fonte: Timilique!
Vi no Pavablog

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

É Proibido Julgar?


Ainda recentemente participei de uma discussão no Facebook com vários de meus amigos onde uma moça aborreceu-se com alguns comentários feitos a um terceiro (não por mim, garanto!) e retirou-se zangada, dizendo que Jesus havia ensinado que não se devia julgar os outros.


Eu sei que existem situações em que julgar é realmente errado, mas aquela não era uma destas situações. A pessoa que estava sendo "julgada" tinha feito declarações e expressado suas opiniões e os outros simplesmente estavam avaliando e rejeitando as mesmas. A atitude da mocinha, que ficou sentida, ofendida e magoada, é infelizmente comum demais no meio evangélico moderno, onde as pessoas usam as famosas palavras de Jesus de maneira errada como argumento em favor de que devemos aceitar tudo o que os outros dizem e fazem, sem pronunciarmos qualquer juízo de valor que seja contrário.


Mas, foi isto mesmo que Jesus ensinou? A passagem toda vai assim:


"Não julgueis, para que não sejais julgados.
Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Não deis o que é santo aos cães Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem." (Mateus 7:1-6)


Alguns pontos ficam claros da passagem.


1) O que Jesus está proibindo é o julgamento hipócrita, que consiste em vermos os defeitos dos outros sem olharmos os nossos. O Senhor determina que primeiro nos examinemos e nos submetamos humildemente ao mesmo crivo que queremos usar para medir e avaliar o procedimento e as palavras dos outros. E que, então, removamos a trave do nosso olho,  isto é, que emendemos nossos caminhos e reformemos nossa conduta.


2) Em seguida, uma vez que enxerguemos com clareza, o próprio Senhor determina que tiremos o argueiro do olho do nosso irmão. O que ele quer evitar é que alguém quase cego com um tronco de árvore no olho tente tirar um cisco no olho de outro. Mas, uma vez que estejamos enxergando claramente, após termos removido o entrave da nossa compreensão e percepção, devemos proceder à remoção do cisco do olho de outrem.


3) Jesus faz ainda uma outra determinação no versículo final da passagem (verso 6) que só pode ser obedecida se de fato julgarmos. Pois, como poderemos evitar dar  nossas coisas preciosas aos cães e aos porcos sem primeiro chegarmos a uma conclusão sobre quem se enquadra nesta categoria? Visto que é evidente que Jesus se refere a pessoas que se comportam como porcos e cães, que não vêem qualquer valor no que temos de mais precioso, que são as coisas de Deus. Para que eu evite profanar as coisas de Deus preciso avaliar, analisar, examinar e decidir - ou seja, julgar - a vida, o comportamento e as declarações das pessoas ao meu redor.


Fica claro, então, que o Senhor nunca proibiu que julgássemos os outros, e sim que o fizéssemos de maneira hipócrita, maldosa e arrogante. Julgar faz parte essencial da vida cristã. Somos diariamente chamados a exercer o papel de juízes movidos por amor pelas pessoas e zelo pelas coisas de Deus.


Quem nunca julga contribui para que o erro se propague, para que as pessoas continuem no erro. São pessoas sem convicções. Elas se tornam coniventes e cúmplices das mentiras, heresias e atos imorais e anti-éticos dos que estão ao seu redor. Paulo disse a Timóteo, "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro" (1Tim 5:22). Não consigo imaginar de que maneira Timóteo poderia cumprir tal orientação sem exercer julgamento sobre outros.


Em resumo, julgar não é errado, cumpridas estas condições: a) que primeiro nos examinemos; b) que nos coloquemos sob o mesmo juízo e estejamos prontos para admitirmos que nós mesmos estamos sujeitos a errar, pecar e dizer bobagem; c) que nosso alvo seja ajudar os outros a acertar e consertar o que porventura fizeram ou disseram.


em O Tempora, O Mores

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dica de leitura: Cartas de um diabo a seu aprendiz

Essa talvez seja a obra de C.S. Lewis que eu mais gosto. Por vários motivos. O primeiro é a capacidade que ele teve de sair de si mesmo e assumir um outro caráter. Segundo é o quanto é divertido, apesar da seriedade do tema. O terceiro é que é impossível ler e não se colocar no lugar do paciente e identificar várias situações pelas quais você já passou ou está passando. Uma obra fantástica!!!!
Renato Paquer


Dedicada ao seu amigo J. R. R. Tolkien, esta obra-prima da ironia divertiu e instruiu milhões de leitores com seu retrato zombeteiro e irônico da vida humana feito a partir do ponto de vista do diabo Fitafuso. Ao mesmo tempo freneticamente cômica e surpreendentemente original, a correspondência entre o experiente diabo e o seu sobrinho Vermebile mostra o lado mais sombrio e jocoso de C. S. Lewis. Esta edição é baseada na edição do sexagésimo aniversário, que inclui pela primeira vez Fitafuso propõe um drinque, no qual o notório Fitafuso oferece um jantar aos jovens demônios na Faculdade de Treinamento de Tentadores.

Fonte: Editora Martins Fontes

sábado, 1 de outubro de 2011